ADESÃO AO TRATAMENTO DA ASMA
Há pacientes de asma que não aderem adequadamente ao tratamento pelo falsa crença de que basta medicar-se nas crises de asma para ter a doença controlada. Entretanto, a asma é uma doença crônica que requer o controle dos sintomas ao longo de todo o ano, evitando a ocorrência de crises e, assim, o comprometimento da capacidade respiratória.1
Para isso, é fundamental que o paciente tenha adesão ao tratamento da asma como um todo – incluindo, mas não apenas em relação à administração da medicação. Cuidar do ambiente, evitar a exposição aos alérgenos e outros gatilhos que desencadeiam ou agravam os sintomas da asma, parar de fumar e controlar o peso corpóreo também são fundamentais.
“Os pacientes tendem a não seguir o tratamento corretamente, pois os sintomas geralmente melhoram com o inicio das medicações, mas a inflamação continua, mesmo sem os sintomas, por isso, o tratamento deve ser prolongado e acompanhado com o pneumologista, que pode determinar qual o prazo do tratamento. As medicações são extremamente seguras para tratamento longos. O grande risco de não fazer o tratamento corretamente e no prazo correto é levar o pulmão a ter remodelamento (sequelas) e por causa das crises frequentes e dependendo do grau de gravidade dessa crise levar o paciente para internação e nos casos mais graves ao óbito.”
Dra. Angela Honda, médica do Departamento de Reabilitação Pulmonar da Escola Paulista de Medicina da Unifesp - CRMSP 98983
O uso irregular do medicamento para o tratamento da asma, seja no horário, frequência ou na dosagem errada, pode comprometer a eficácia dos medicamentos e o resultado do tratamento como um todo.2 Por isso, é fundamental manter a frequência e a dosagem da medicação conforme prescrito pelo médico, e não apenas usar a medicação como alívio nas crises de asma.
Caso o paciente tenha dificuldade na utilização ou acesso de um medicamento, deve alertar seu médico e avaliar com ele a melhor forma de tratar sua asma. O tratamento da asma é de longo prazo e depende de uma relação de parceria e confiança entre médico e paciente!
Referências
1. Site do National Heart, Lung and Blood Institute. Disponível em: http://www.nhlbi.nih.gov/health/health-topics/topics/asthma/livingwith Último acesso em 19 de outubro de 2017.
2. Site “Up to Date”, mantido pela Wollters Kluwer Health. Disponível em: http://www.uptodate.com/contents/enhancing-patient-adherence-to-asthma-therapy Último acesso em 19 de outubro de 2017.
Antibióticos são substâncias capazes de eliminar ou impedir a multiplicação de bactérias, por isso são usados no tratamento de infecções bacterianas. Sua descoberta revolucionou a história da medicina, pois anteriormente muitas pessoas morriam em decorrência de diversos tipos de infecções. Atualmente, porém, o uso indiscriminado de antibióticos vem fazendo com que as bactérias se tornem resistentes aos tratamentos, gerando um grave problema no mundo todo.1
Eles atacam somente as bactérias, sem causar danos às demais células do organismo. Sua função consiste em interromper ou acabar com a multiplicação de bactérias no corpo.2
Esse tipo de medicamento pode ser dividido em:3
- Bactericidas: capazes de matar ou causar danos irreversíveis às bactérias;
- Bacteriostáticos: capazes de interromper a reprodução e crescimento das bactérias sem destruí-las imediatamente.
A penicilina é o bactericida mais usado no mundo e foi o primeiro antibiótico a ser descoberto, em 1928. Devido ao mal uso desse medicamento, em 2010, o governo brasileiro criou leis para limitar o acesso aos antibióticos. A partir disso, sua venda passou a ser autorizada somente mediante receita médica.¹
Além da penicilina, os antibióticos mais comuns usados em tratamentos são:
- Aminoglicosídeos - utilizado no tratamento de infecções mais graves;2
- Cefalosporinas - frequentemente prescritas para tratar as seguintes doenças: infecções de pele, partes moles, faringite estreptocócica, infecção urinária e profilaxia de várias cirurgias;4
- Glicopeptídeos - usadas no tratamento de doenças mais persistentes em pacientes em estado grave, como no tratamento da Pneumonia ou Sífilis;2
- Polipeptídicos - usados para tratar infecções oculares;2
- Quinolonas - usadas no tratamento de Infecções Urinárias recorrentes, Gonorreia, Diarreia Bacteriana, entre outras.2
O uso indiscriminado desse tipo de medicamento ocorre quando ele é usado para tratar infecções que não são causadas por bactérias, é tomado em doses incorretas, ou quando o tempo de tratamento não é cumprido.1
Por fim, é indispensável a orientação de um profissional da saúde quanto ao uso correto dos antibióticos.
Referências:
1. https://bvsms.saude.gov.br/uso-correto-de-antibioticos/#:~:text=Antibi%C3%B3ticos%20s%C3%A3o%20subst%C3%A2ncias%20capazes%20de,de%20diversos%20tipos%20de%20infec%C3%A7%C3%B5es Último acesso em 18 de julho de 2022.
2. https://www.hipolabor.com.br/blog/hipolabor-explica-como-funcionam-os-antibioticos/ Último acesso em 18 de julho de 2022.
3. https://tnsnano.com/chem/bactericida-vs-bacteriostatico/ Último acesso em 18 de julho de 2022.
4. https://www.sanarsaude.com/blog/amp/cefalosporinas-artigo-farmacia-tudo-que-voce-precisa-saber Último acesso em 18 de julho de 2022.
Referências:
- Quiróz, Alicia. Appropriate use of antibiotics: an unmet need, 2019. https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/1756287219832174 Último acesso em 26 de julho de 2022.
- https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/antimicrobial-resistance Último acesso em 26 de julho de 2022
- https://www.paho.org/pt/topicos/resistencia-antimicrobiana?page=4 Último acesso em 21 de julho de 2022