ATIVIDADE FÍSICA | INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
BR-19076
A Insuficiência Cardíaca é quando o coração reduz o
bombeamento de sangue para os demais órgãos, prejudicando o funcionamento do
corpo como um todo. Existem vários sintomas que levam ao diagnóstico dessa
síndrome e um deles é quando o paciente percebe um cansaço extremo durante
atividades do dia a dia, chegando a passar mal e ter dificuldades
respiratórias¹. Ao consultar um profissional e receber esse diagnóstico, o
paciente de imediato pode acreditar que não poderá mais realizar exercícios
físicos por conta da falta de fôlego e dificuldade respiratória, mas, de acordo
com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, esse pensamento ficou para trás².
Como a IC não possui cura, o paciente deve aliar uma rotina saudável de alimentação e exercícios físicos monitorados junto com o seu tratamento. A atividade física é recomendada principalmente para os portadores da doença no estágio A, que são assintomáticos, porém apresenta riscos de desenvolver hipertensão, diabetes, obesidade e doença aterosclerótica².
Alguns
benefícios que atividade física pode trazer:
- Redução
da pressão arterial;
- Aumento
da HDL;
- Redução
de triglicerídeos;
- Diminuição
do peso;
- Diminuição
da adesividade plaquetária;
- Auxílio
no tratamento da depressão e ansiedade.
Existem alguns sintomas que tornam contraindicada a prática
de atividades físicas na recuperação da Insuficiência Cardíaca, como a angina
instável, arritmias não controladas, hipotensão ortostática, febre e casos
avançados no estágio D, que precisam de intervenção cirúrgica³. A prática de
exercício físico deve ser feita apenas com acompanhamento e recomendação
médica.
A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) indica que os
exercícios aeróbicos sejam iniciados com 15 minutos de prática diária,
aumentando conforme a disposição do paciente. A frequência ideal é começar com
duas sessões diárias e estabelecer a prática de 3 a 5 vezes por semana. Para
observar a progressão do paciente, deve-se considerar a frequência cardíaca e
pressão arterial. Caminhadas leves e diárias também são ideais para esse tipo
de tratamento²,³.
As atividades físicas auxiliam na redução de sintomas,
controlam os fatores de risco, auxiliam na capacidade funcional e aumentam a
disposição do paciente. A prática de exercícios físicos é fundamental para o
cotidiano de qualquer indivíduo, seja ele portador de doenças cardíacas ou
não³.
REFERÊNCIAS
1 Dargie HJ. Effect of carvedilol on outcome
after myocardial infarction in patients with left-ventricular dysfunction: the
CAPRICORN randomised trial. Lancet. 2001;357(9266):1385-90.
2 Sociedade Brasileira de Cardiologia. Educação
Continuada: Como prescrever exercício na insuficiência cardíaca. http://educacao.cardiol.br/congresso/lv/noticias/042.asp
(acesso em agosto 2021)
3 Heart Failure Matters. Symptoms of heart failure.
Disponível em: http://www.heartfailurematters.org/en_GB/Understanding-heart-failure/Symptoms-of-heart-failure.