EPILEPSIA
A evolução do conhecimento sobre o transtorno é pontificada por nomes como Hipócrates, Galeno, entre outros. Mas as concepções mais modernas sobre as raízes do transtorno começaram a ocorrer apenas a partir dos séculos XVIII e XIX¹.
Organizações se associaram para atender as pessoas com epilepsia (PCE), a ILAE (fundada em 1909), International Bureau for Epilepsy - IBE (fundada em 1961) e a Organização Mundial de Saúde. Essas três instituições estabeleceram a Campanha Global Contra Epilepsia em 1997, que tem como objetivo melhorar a prevenção, tratamento, cuidado e serviços para pessoas com epilepsia e elevar consciência pública sobre o transtorno e promover ambiente encorajador no qual as PCE possam viver melhor¹.
O que é epilepsia
É uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, que não tenha sido causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos. A epilepsia se caracteriza por crises epilépticas repetidas³, conhecidas como convulsões ou “ataques epiléticos”.
Causas
A epilepsia apresenta diferentes causas, as quais incluem doenças genéticas, tumores no cérebro, traumas no crânio, falta de oxigenação durante o parto, AVC, meningite e encefalite herpética².
Como proceder diante a uma crise convulsiva de um paciente4
- Mantenha a calma e tranquilize as pessoas ao seu redor;
- Evite que a pessoa caia bruscamente ao chão;
- Tente colocar a pessoa deitada de costas, em lugar confortável e seguro, com a cabeça protegida com algo macio;
- Nunca segure a pessoa nem impeça seus movimentos (deixe-a debater-se);
- Retire objetos próximos que possam machucar;
- Mantenha-a deitada de barriga para cima, mas com a cabeça voltada para o lado, evitando que ela se sufoque com a própria saliva;
- Afrouxe as roupas dela, se necessário;
- Se for possível, levante o queixo para facilitar a passagem de ar;
- Não tente introduzir objetos na boca do paciente durante as convulsões;
- Não dê tapas;
- Não jogue água sobre ela nem ofereça nada para ela cheirar;
- Verifique se existe pulseira, medalha ou outra identificação médica de emergência que possa sugerir a causa da convulsão;
- Permaneça ao lado da pessoa até que ela recupere a consciência.
Tratamento
O tratamento das epilepsias é feito com uso de medicamentos que evitam as descargas elétricas cerebrais anormais, que são a origem das crises epilépticas. Acredita-se que pelo menos 25% dos pacientes com epilepsia no Brasil são portadores em estágios mais graves, ou seja, com necessidade do uso de medicamentos por toda a vida, sendo as crises frequentemente incontroláveis e então candidatos a intervenção cirúrgica. No Brasil já existem centros de tratamento cirúrgico aprovados pelo Ministério da Saúde³.
FONTES:
1. JOURNAL OF EPILEPSY AND CLINICAL NEUROPHYSIOLOGY – SCIELO BRASIL
https://www.scielo.br/j/jecn/a/tzcyyqcCyW9Y64cC3R6hFhx/ - Acesso em 06/12/2023
2. MUNDO EDUCAÇÃO
https://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/epilepsia.htm - Acesso em 06/12/2023
3. MINISTÉRIO DA SAÚDE – BIBLIOTECA VIRTUAL DA SAÚDE
https://bvsms.saude.gov.br/epilepsia-6/ - Acesso em 06/12/2023
4. MINISTÉRIO DA SAÚDE
Antibióticos são substâncias capazes de eliminar ou impedir a multiplicação de bactérias, por isso são usados no tratamento de infecções bacterianas. Sua descoberta revolucionou a história da medicina, pois anteriormente muitas pessoas morriam em decorrência de diversos tipos de infecções. Atualmente, porém, o uso indiscriminado de antibióticos vem fazendo com que as bactérias se tornem resistentes aos tratamentos, gerando um grave problema no mundo todo.1
Eles atacam somente as bactérias, sem causar danos às demais células do organismo. Sua função consiste em interromper ou acabar com a multiplicação de bactérias no corpo.2
Esse tipo de medicamento pode ser dividido em:3
- Bactericidas: capazes de matar ou causar danos irreversíveis às bactérias;
- Bacteriostáticos: capazes de interromper a reprodução e crescimento das bactérias sem destruí-las imediatamente.
A penicilina é o bactericida mais usado no mundo e foi o primeiro antibiótico a ser descoberto, em 1928. Devido ao mal uso desse medicamento, em 2010, o governo brasileiro criou leis para limitar o acesso aos antibióticos. A partir disso, sua venda passou a ser autorizada somente mediante receita médica.¹
Além da penicilina, os antibióticos mais comuns usados em tratamentos são:
- Aminoglicosídeos - utilizado no tratamento de infecções mais graves;2
- Cefalosporinas - frequentemente prescritas para tratar as seguintes doenças: infecções de pele, partes moles, faringite estreptocócica, infecção urinária e profilaxia de várias cirurgias;4
- Glicopeptídeos - usadas no tratamento de doenças mais persistentes em pacientes em estado grave, como no tratamento da Pneumonia ou Sífilis;2
- Polipeptídicos - usados para tratar infecções oculares;2
- Quinolonas - usadas no tratamento de Infecções Urinárias recorrentes, Gonorreia, Diarreia Bacteriana, entre outras.2
O uso indiscriminado desse tipo de medicamento ocorre quando ele é usado para tratar infecções que não são causadas por bactérias, é tomado em doses incorretas, ou quando o tempo de tratamento não é cumprido.1
Por fim, é indispensável a orientação de um profissional da saúde quanto ao uso correto dos antibióticos.
Referências:
1. https://bvsms.saude.gov.br/uso-correto-de-antibioticos/#:~:text=Antibi%C3%B3ticos%20s%C3%A3o%20subst%C3%A2ncias%20capazes%20de,de%20diversos%20tipos%20de%20infec%C3%A7%C3%B5es Último acesso em 18 de julho de 2022.
2. https://www.hipolabor.com.br/blog/hipolabor-explica-como-funcionam-os-antibioticos/ Último acesso em 18 de julho de 2022.
3. https://tnsnano.com/chem/bactericida-vs-bacteriostatico/ Último acesso em 18 de julho de 2022.
4. https://www.sanarsaude.com/blog/amp/cefalosporinas-artigo-farmacia-tudo-que-voce-precisa-saber Último acesso em 18 de julho de 2022.
Referências:
- Quiróz, Alicia. Appropriate use of antibiotics: an unmet need, 2019. https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/1756287219832174 Último acesso em 26 de julho de 2022.
- https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/antimicrobial-resistance Último acesso em 26 de julho de 2022
- https://www.paho.org/pt/topicos/resistencia-antimicrobiana?page=4 Último acesso em 21 de julho de 2022