O QUE É INSUFICIÊNCIA CARDÍACA (IC)
A insuficiência cardíaca (IC) ocorre quando o coração perde sua plena capacidade de bombear o sangue pelo corpo. Pode haver duas situações distintas ou simultâneas: a primeira é quando coração não consegue enviar o sangue com o oxigênio e os nutrientes essenciais para os órgãos e tecidos, e a segunda quando não consegue receber todo o sangue de volta, por conta do enrijecimento de sua musculatura.1
Há casos em que a insuficiência cardíaca é resultado de uma má formação congênita, e que por isso acompanha o indivíduo desde o nascimento, mas na grande maioria dos casos a IC é consequência de outra doença prévia.1,2
Entre as doenças bastante conhecidas que podem causar a insuficiência cardíaca está a doença arterial coronariana (incluindo o infarto do miocárdio), hipertensão arterial, diabetes, doença de válvula cardíaca e arritmia cardíaca.3 No Brasil, há também casos de insuficiência cardíaca decorrentes da doença de chagas, que leva a miocardiopatia chagásica crônica.4
A insuficiência cardíaca é uma doença crônica, entretanto, há momentos críticos em que os sintomas se agravam além do “normal”, e que requerem internação hospitalar e emergencial. Este quadro recebe o nome de insuficiência cardíaca aguda ou insuficiência cardíaca descompensada.2
Sintomas da insuficiência cardíaca (IC)
Os pacientes podem demorar a notar ou a agir em relação aos sinais e sintomas da insuficiência cardíaca. Mas, como a doença é progressiva, a intensidade e a frequência dos sintomas vão se agravando sem os cuidados e tratamentos necessários, a ponto de o paciente se sentir cansado mesmo em repouso.5
Entre os sinais e sintomas da insuficiência cardíaca estão:5,6
- Falta de ar;
- Inchaço dos pés e pernas;
- Cansaço (fadiga);
- Dificuldade para respirar na hora de dormir;
- Inchaço no abdômen;
- Ganho de peso, decorrente do acúmulo de líquidos no organismo;
- Tosse.
Diagnóstico da insuficiência cardíaca
O cardiologista é o médico responsável pelo diagnóstico da insuficiência cardíaca, que começa com o levantamento do histórico de saúde do paciente, seu estilo de vido e a presença de outras doenças (já que a insuficiência cardíaca é, na maioria dos casos, uma consequência de outra condição prévia).1,2
O médico pode conduzir o diagnóstico da IC ao notar a manifestação de algum sintoma, receber uma queixa por parte do paciente ou rotineiramente, se o paciente fizer parte do grupo de risco para o desenvolvimento da doença, por exemplo.6
Entre os testes e exames utilizados para a confirmação ou exclusão do diagnóstico da insuficiência cardíaca estão:
- Eletrocardiograma (ECG);7
- Radiografia de tórax;7
- Dosagem de hormônios tireoideanos;7
- Ecocardiograma.7
Tratamento da insuficiência cardíaca
O diagnóstico e tratamento em sua fase inicial podem ajudar as pessoas que têm insuficiência cardíaca a viverem por mais tempo e terem uma vida mais ativa.6
Além dos medicamentos, que visam diminuir os sintomas da doença, o tratamento da insuficiência cardíaca inclui a mudança no estilo de vida, incluindo na alimentação (especialmente redução de sal e gorduras), a ingestão de líquidos (que deve ser reduzida), interrupção do consumo de álcool e do tabagismo, se for o caso. Além disso, é preciso adotar a prática regular de atividades físicas, ainda que leves ou moderadas, dependendo do quadro geral de saúde do paciente.7,8
Pode haver também a recomendação de procedimentos cirúrgicos para o implante de válvulas ou dispositivos, por exemplo, e até mesmo o transplante cardíaco, mas tudo isso depende da gravidade da doença e do estado do paciente.8
Se não houver adesão rígida ao tratamento, a insuficiência cardíaca pode descompensar, levando o paciente à necessidade de internação. Para se ter uma ideia da recorrência e da gravidade desses episódios, a IC é hoje a causa mais comum de internação em pessoas acima dos 65 anos, e 1 a cada 25 pacientes não sobrevive a sua primeira hospitalização tendo a insuficiência cardíaca como fator primário.9,10
Referências
1. Mann DL, Chakinala M. Chapter 234. Heart Failure and Cor Pulmonale. In: Longo DL, Fauci AS, Kasper DL, Hauser SL, Jameson J, Loscalzo J. eds. Harrison’s Principles of Internal Medicine, 18e. New York, NY: McGraw-Hill; 2012.
2. Mosterd A, Hoes AW. Clinical epidemiology of heart failure. Heart. 2007 Sep;93(9):1137-46.
3. NIH. Heart Failure: Causes. Disponível em: http://www.nhlbi.nih.gov/health/health-topics/topics/hf/causes Acesso em 19 de outubro de 2017.
4. Albuquerque DC, Neto JD, Bacal F, et al. I Brazilian Registry of Heart Failure – Clinical Aspects, Care Quality and Hospitalization Outcomes. Arq Bras Cardiol. 2015 Jun;104(6):433-42.
5. Departamento de Insuficiência Cardíaca (DEIC) da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Entenda a doença. Disponível em: http://departamentos.cardiol.br/sbc-deic/publico/entenda.asp Acesso em 19 de outubro de 2017.
6. NIH. Heart failure – overview. Disponível em: https://www.nlm.nih.gov/medlineplus/ency/article/000158.htm Último acesso em 19 de outubro de 2017.
7. NIH. Heart Failure Diagnosis. Disponível em: http://www.nhlbi.nih.gov/health/health-topics/topics/hf/diagnosis Acesso em 19 de outubro de 2017.
8. Sociedade Brasileira de Cardiologia. Diretriz de Reabilitação Cardíaca. Arq Bras Cardiol. 2005 May;84(5):431-40.
9. Weintraub NL, Collins SP, Pang PS, et al. Acute heart failure syndromes: emergency department presentation, treatment, and disposition: current approaches and future aims: a scientific statement from the American Heart Association. Circulation. 2010 Nov 9;122(19):1975-96.
10. Desai AS, Stevenson LW. Rehospitalization for heart failure: predict or prevent? Circulation. 2012 Jul 24;126(4):501-6.
Antibióticos são substâncias capazes de eliminar ou impedir a multiplicação de bactérias, por isso são usados no tratamento de infecções bacterianas. Sua descoberta revolucionou a história da medicina, pois anteriormente muitas pessoas morriam em decorrência de diversos tipos de infecções. Atualmente, porém, o uso indiscriminado de antibióticos vem fazendo com que as bactérias se tornem resistentes aos tratamentos, gerando um grave problema no mundo todo.1
Eles atacam somente as bactérias, sem causar danos às demais células do organismo. Sua função consiste em interromper ou acabar com a multiplicação de bactérias no corpo.2
Esse tipo de medicamento pode ser dividido em:3
- Bactericidas: capazes de matar ou causar danos irreversíveis às bactérias;
- Bacteriostáticos: capazes de interromper a reprodução e crescimento das bactérias sem destruí-las imediatamente.
A penicilina é o bactericida mais usado no mundo e foi o primeiro antibiótico a ser descoberto, em 1928. Devido ao mal uso desse medicamento, em 2010, o governo brasileiro criou leis para limitar o acesso aos antibióticos. A partir disso, sua venda passou a ser autorizada somente mediante receita médica.¹
Além da penicilina, os antibióticos mais comuns usados em tratamentos são:
- Aminoglicosídeos - utilizado no tratamento de infecções mais graves;2
- Cefalosporinas - frequentemente prescritas para tratar as seguintes doenças: infecções de pele, partes moles, faringite estreptocócica, infecção urinária e profilaxia de várias cirurgias;4
- Glicopeptídeos - usadas no tratamento de doenças mais persistentes em pacientes em estado grave, como no tratamento da Pneumonia ou Sífilis;2
- Polipeptídicos - usados para tratar infecções oculares;2
- Quinolonas - usadas no tratamento de Infecções Urinárias recorrentes, Gonorreia, Diarreia Bacteriana, entre outras.2
O uso indiscriminado desse tipo de medicamento ocorre quando ele é usado para tratar infecções que não são causadas por bactérias, é tomado em doses incorretas, ou quando o tempo de tratamento não é cumprido.1
Por fim, é indispensável a orientação de um profissional da saúde quanto ao uso correto dos antibióticos.
Referências:
1. https://bvsms.saude.gov.br/uso-correto-de-antibioticos/#:~:text=Antibi%C3%B3ticos%20s%C3%A3o%20subst%C3%A2ncias%20capazes%20de,de%20diversos%20tipos%20de%20infec%C3%A7%C3%B5es Último acesso em 18 de julho de 2022.
2. https://www.hipolabor.com.br/blog/hipolabor-explica-como-funcionam-os-antibioticos/ Último acesso em 18 de julho de 2022.
3. https://tnsnano.com/chem/bactericida-vs-bacteriostatico/ Último acesso em 18 de julho de 2022.
4. https://www.sanarsaude.com/blog/amp/cefalosporinas-artigo-farmacia-tudo-que-voce-precisa-saber Último acesso em 18 de julho de 2022.
Referências:
- Quiróz, Alicia. Appropriate use of antibiotics: an unmet need, 2019. https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/1756287219832174 Último acesso em 26 de julho de 2022.
- https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/antimicrobial-resistance Último acesso em 26 de julho de 2022
- https://www.paho.org/pt/topicos/resistencia-antimicrobiana?page=4 Último acesso em 21 de julho de 2022