Você já se pegou pensando se é uma pessoa desatenta? Ou que não tem boa memória? Vamos juntos conhecer mais sobre a atenção, a capacidade de manter-se focado em uma atividade com qualidade.
Não é incomum que muitas pessoas nomeiem as dificuldades observadas no dia a dia como parte da falta de habilidade de lembrar, sendo que o impacto se dá a partir de sua capacidade de prestar atenção, o que repercute diretamente no desempenho de sua memória.
Para que consigamos nos lembrar de nomes de pessoas que acabamos de conhecer, pequenos fatos ocorridos ao longo do dia, detalhes em relação àquilo que ouvimos ou lemos, é fundamental que estejamos atentos a estes estímulos, para que eles sejam incorporados e devidamente engavetados no grande arquivo que constitui a nossa área de memória no cérebro.
Ao garantir, a partir de estratégias simples, que a atenção esteja focada àquilo que é considerado importante, as dificuldades de se lembrar delas sumirão como num passe de mágica. O ambiente em que estamos inseridos seleciona os comportamentos que emitimos.
Referência Bibliográfica:
Berkley, Russell A.Aprendendo a viver – Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade. (tradução Luis Reyes Gil). 1ª. Edição. Belo Horizonte: Autêntica, 2020.
Gil, Gislaine & Busse, Alexandre Leopold. Ensinar a lembrar: guia prático para ajudar a reconhecer e melhorar problemas de memória. São Paulo: Casa Leitura Médica, 2a. edição, 2015.
Gil, Gislaine. Memória: tudo que você gostaria de saber, mas se esqueceu de perguntar. São Paulo: editora Elsevier, 2011.
Um tempo atrás, o número de estímulos ambientais era infinitamente menor do que atualmente, contribuindo para um foco maior. Eis que mudanças grandes ocorreram no ritmo e formato de vida, colocando-nos em contato com muitos estímulos simultâneos. Crianças, adolescentes e adultos foram levados a estudar e trabalhar de forma digital, expondo-os a um universo gigantesco de informações.
No entanto, aquela tarefa minuciosa que requer foco e concentração pode ser constantemente invadida por notificações, que pulsam ao trazer novas mensagens, e concorre com cliques que acionam conteúdos, muitas vezes, mais interessantes.
Para crianças e adolescentes, a condição ambiental maximiza a dificuldade de inibir informações irrelevantes. Mas existe solução? Sim. E ela está em alguns rearranjos de estratégias no dia a dia, como monitorar o tempo de atenção e programar tarefas dentro dessa janela de concentração, isolar ruídos do ambiente com o uso de tampões de ouvido, vetar digitalmente as múltiplas janelas que concorrem com a tarefa em questão e treinar a habilidade de executar uma função de cada vez.
Para melhor auxiliar tais estratégias, é possível consultar um profissional de saúde especialista em terapia cognitivo-comportamental, que domina técnicas para suporte em sua jornada com TDAH.
Referência Bibliográfica:
Berkley, Russell A.Aprendendo a viver – Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade. (tradução Luis Reyes Gil). 1ª. Edição. Belo Horizonte: Autêntica, 2020.
Gil, Gislaine & Busse, Alexandre Leopold. Ensinar a lembrar: guia prático para ajudar a reconhecer e melhorar problemas de memória. São Paulo: Casa Leitura Médica, 2a. edição, 2015.
Gil, Gislaine. Memória: tudo que você gostaria de saber, mas se esqueceu de perguntar. São Paulo: editora Elsevier, 2011.
Os sintomas de desatenção e hiperatividade observados na criança podem reduzir ou sumir ao longo do tempo? Ou, sem o tratamento adequado, a tendência é que os sintomas piorem?
É comum que crianças consigam se manter atentas por um menor período de tempo e tenham comportamentos mais agitados em determinados momentos da vida. Isso geralmente desaparece conforme elas crescem. No entanto, não é esperado que comportamentos como estes se mantenham, ocorram em múltiplas situações e causem dificuldades no desempenho escolar, nos relacionamentos interpessoais e no âmbito familiar.
Crianças pequenas têm pouca capacidade de se atentar a esses comportamentos de forma independente e buscar formas de controle e autodesenvolvimento.
Os adolescentes, apesar de perceberem com mais acurácia e regularem suas emoções e comportamentos com mais desenvoltura, têm poucos recursos para desenvolver estratégias que sejam suficientes para minimizar os impactos que as dificuldades causam em seu dia a dia. Com um cérebro ainda em formação, que não lhes garante habilidades para controlar seus impulsos e tomar as melhores decisões, fica tudo ainda mais complicado!
Entender o desenvolvimento infantil como um processo contínuo, que depende de habilidades primárias para que novas aquisições aconteçam, evidencia a importância de avaliar com um médico as dificuldades observadas logo que aparecem, para que não impactem o desenvolvimento de habilidades mais complexas.
É recomendado praticar alguns exercícios como tentar manter-se sentado e focar a atenção na lousa digital para, assim, absorver conteúdos pedagógicos. Essa atividade ajuda a adquirir base para aprender conteúdos mais complexos, da mesma forma que manter-se sentado para brincar com um amigo aumentará as chances de concentração ao ouvir o que o outro tem a dizer, possibilitando uma interação positiva e, assim, outras oportunidades sociais como essa.
As dificuldades de atenção observadas na criança não tratada serão as mesmas observadas na sua fase adulta?
O cérebro humano se desenvolve com grande velocidade e magnitude na primeira década de vida. Neste período, as conexões entre os neurônios ocorrem de forma plena, o que justifica, dentre tantas outras coisas, o fato de crianças aprenderem conteúdos e habilidades novas com grande facilidade. No entanto, ao longo do desenvolvimento neurológico saudável, algumas áreas cerebrais tendem a se desenvolver de forma mais tardia, no final da adolescência.
Com o cérebro plenamente formado e seu funcionamento íntegro, naturalmente as diversas funções cognitivas se desempenharão a contento e o adulto jovem terá condições de viver experiências de sucesso. Entretanto, o adulto jovem acometido pelo TDAH, diante do funcionamento precário das funções executivas, atenção e autorregulação, viverá os desafios de lidar com um ambiente exigente em contraponto às dificuldades previamente observadas.
Apesar das regiões cerebrais impactadas na criança e no adulto serem praticamente as mesmas, os sintomas diferem. Nas crianças, a agitação observada a partir de movimentos exacerbados com o corpo é substituída por uma sensação de inquietude nos adultos, o que não os impede de ficar sentados, porém, balançam as pernas, por exemplo. Dentre outras mudanças por faixa etária, observa-se ainda que na criança o comportamento de procrastinar, adiando assim a execução de tarefas, não ocorre como no quadro típico vivido pelo adulto.
Além das diferenças na manifestação dos sintomas, observa-se ainda o impacto da carga emocional. Imagine a criança com TDAH crescida, que, por ser fruto de uma história de vida, carregou todas as experiências prévias, um pacote com muitas frustrações e consequências negativas obtidas pelas inúmeras situações de dificuldade escolar e social, agora adulto se depara com um ambiente mais desafiador: o ambiente de trabalho.
Alguns sintomas se redefinem e as dificuldades tendem a se exacerbar diante de uma demanda de vida maior. Buscar tratamento médico e terapêutico adequado é importante para auxiliar a jornada da criança com TDAH e a sua família a terem a oportunidade de dias mais ensolarados para todos, agora e no futuro!
Referência Bibliográfica:
Berkley, Russell A.Aprendendo a viver – Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade. (tradução Luis Reyes Gil). 1ª. Edição. Belo Horizonte: Autêntica, 2020.
Gil, Gislaine & Busse, Alexandre Leopold. Ensinar a lembrar: guia prático para ajudar a reconhecer e melhorar problemas de memória. São Paulo: Casa Leitura Médica, 2a. edição, 2015.
Gil, Gislaine. Memória: tudo que você gostaria de saber, mas se esqueceu de perguntar. São Paulo: editora Elsevier, 2011.
Talvez seja estranho pensar nessa associação, mas ela faz sentido! Especialmente entre as crianças, a dificuldade atencional pode torná-las menos responsivas e participativas nas conversas e brincadeiras, devido à dificuldade de ouvir o que é falado ou de se manter engajado na atividade coletiva. Crianças de forma geral apresentam boa capacidade imaginativa, no entanto, não é incomum observar em crianças com TDAH um comportamento fantasioso, que além de tornar o momento de brincar isolador, por vezes dificulta a interação com outras crianças no jogo simbólico. Além disso, quando o traço de hiperatividade também está presente, o comportamento agitado da criança pode incomodar os demais.
A dificuldade que crianças com TDAH têm para se autorregular frente às diferentes situações é marcante, tanto para quem vê, quanto para quem interage com elas. Regras ou atividades extensas podem ser entediantes, deixando a criança com TDAH frustrada por não se divertir como os demais colegas.
Adultos adquirem uma capacidade melhor de se autorregular frente às situações de vida. Estudos recentes apontam que as regiões responsáveis pela regulação das emoções no cérebro de adultos apresentam menos alterações em comparação com as das crianças com TDAH, o que sugere que exista uma compensação, ao menos parcial, com o passar dos anos. Desta forma, o impacto social dos adultos diagnosticados com TDAH não se dá a partir da dificuldade de modular nos momentos sociais, mas na dificuldade de planejar-se para cumprir compromissos e horários, ou manter-se engajado em atividades comuns.
Imaginamos que a pergunta que fica é: O que posso fazer para me ajustar a tais condições? A resposta é positiva! A ciência está aí para ajudar e vem caminhando a passos largos! Logo, buscar ajuda médica e terapia cognitivo-comportamental são fundamentais para tornar a sua vida mais produtiva e plena.
Referência Bibliográfica:
Berkley, Russell A.Aprendendo a viver – Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade. (tradução Luis Reyes Gil). 1ª. Edição. Belo Horizonte: Autêntica, 2020.
Gil, Gislaine & Busse, Alexandre Leopold. Ensinar a lembrar: guia prático para ajudar a reconhecer e melhorar problemas de memória. São Paulo: Casa Leitura Médica, 2a. edição, 2015.
Gil, Gislaine. Memória: tudo que você gostaria de saber, mas se esqueceu de perguntar. São Paulo: editora Elsevier, 2011.
O estado de ansiedade não faz parte dos sintomas que caracterizam o TDAH. No entanto, os comportamentos que a pessoa com TDAH demonstra a colocam em contato com consequências que podem ser desagradáveis e, por isso, contribuir para disparar sintomas de ansiedade às vezes compatíveis com a depressão.
Em adultos com TDAH, a procrastinação, que consiste em postergar a execução de tarefas, é um dos comportamentos mais evidentes na vida cotidiana (adolescentes também podem procrastinar, mas é um sintoma mais frequente em adultos). Ao procrastinar, a pessoa evita o contato com atividades que exigirão seu esforço mental e, assim, se livra, mesmo que momentaneamente, de algo percebido como um fardo. Mas esse adiamento comumente desencadeia o aumento da ansiedade, já que a pessoa tem conhecimento de que em algum momento precisará executar tal tarefa e ainda corre risco de não conseguir conclui-la a tempo.
Nesse caso, cabe o velho ditado popular que diz “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”. Ou seja, se evito iniciar a tarefa, fico ansioso por saber que estou em débito e de qualquer forma precisarei me haver com ela, mas, se me coloco pra fazer, sofro por não conseguir foco pra evoluir de forma satisfatória, concluindo-a com qualidade em pouco tempo. Mas há solução? Sim! Uma boa dica para enfrentar é dividir a atividade complexa em atividades menores e/ou mais simples e fazê-las de forma gradual e programada.
Caso a dificuldade de executar essas estratégias se mantenha, é recomendado consultar um profissional especialista em terapia cognitivo-comportamental.
Referência Bibliográfica:
Berkley, Russell A.Aprendendo a viver – Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade. (tradução Luis Reyes Gil). 1ª. Edição. Belo Horizonte: Autêntica, 2020.
Gil, Gislaine & Busse, Alexandre Leopold. Ensinar a lembrar: guia prático para ajudar a reconhecer e melhorar problemas de memória. São Paulo: Casa Leitura Médica, 2a. edição, 2015.
Gil, Gislaine. Memória: tudo que você gostaria de saber, mas se esqueceu de perguntar. São Paulo: editora Elsevier, 2011.
Quer conhecer mais sobre o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade? Junte-se a nós! O Programa Vale Mais Saúde desenvolveu materiais exclusivos junto a profissionais de saúde especialistas sobre o tema. Conheça neste tópico os sinais do TDAH e como ele se comporta em cada faixa etária.
O TDAH é um transtorno neurobiológico que aparece na infância até os 12 anos e pode acompanhar a pessoa ao longo da vida. Os sinais do TDAH precisam ocorrer em pelo menos 2 contextos de vida da pessoa.
Estudo recente, conduzido por médicos e cientistas de 23 centros de pesquisa no mundo, apontou atraso no desenvolvimento do cérebro de pessoas com TDAH. Os resultados revelaram que estruturas como a amígdala cerebral, acúmbens e hipocampo, que são responsáveis pela regulação emocional, motivação e o sistema de recompensas, são menores em pessoas com TDAH. Alterações apresentam-se mais leves em adultos.
Em linhas gerais, se pudéssemos olhar o funcionamento do cérebro com o auxílio de uma lupa, observaríamos que em algumas regiões a comunicação entre os milhares de neurônios acontece de um jeito diferente do que em pessoas que não tenham TDAH.
Abaixo, você verá a imagem do cérebro humano e, com o auxílio de uma lupa direcionada às regiões cerebrais, poderá entender as queixas mais frequentes que podem estar associadas à diminuição das funções cognitivas.
Referências Bibliográficas:
Berkley, Russell A.Aprendendo a viver – Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade. (tradução Luis Reyes Gil). 1ª. Edição. Belo Horizonte: Autêntica, 2020.
Greven CU, Bralten J, Mennes M, O'Dwyer L, van Hulzen KJ, Rommelse N, Schweren LJ, Hoekstra PJ, Hartman CA, Heslenfeld D, Oosterlaan J, Faraone SV, Franke B, Zwiers MP, Arias-Vasquez A, Buitelaar JK. Developmentally stable whole-brain volume reductions and developmentally sensitive caudate and putamen volume alterations in those with attention-deficit/hyperactivity disorder and their unaffected siblings. JAMA Psychiatry. 2015 May;72(5):490-9. doi: 10.1001/jamapsychiatry.2014.3162. PMID: 25785435.
Hoogman M, Bralten J & Hibar DP, et al. Subcortical brain volume differences in participants with attention deficit hyperactivity disorder in children and adults: a cross-sectional mega-analysis. Lancet Psychiatry. 2017 Apr;4(4):310-319. doi: 10.1016/S2215-0366(17)30049-4. Epub 2017 Feb 16. Erratum in: Lancet Psychiatry. 2017 Jun;4(6):436. PMID: 28219628; PMCID: PMC5933934.
Em crianças menores, os sintomas de hiperatividade e impulsividade são mais proeminentes. A partir da inserção no Ensino Fundamental 1, os sintomas de desatenção podem se tornar mais perceptíveis e começar a causar dificuldades acadêmicas.
ATENÇÃO
HIPERATIVIDADE E IMPULSIVIDADE
AUTORREGULAÇÃO EMOCIONAL
Referência Bibliográfica:
American Psychiatric Association. Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, Fifth Editionexternal icon
https://www.cdc.gov/ncbddd/adhd/index.html (Accessed on January 16, 2024)
Nos adolescentes, a hiperatividade tende a diminuir, dando lugar às sensações de inquietação, mas a desatenção e a impulsividade permanecem e tendem a persistir ao longo da vida adulta. Comportamentos inadequados podem aparecer.
ATENÇÃO
HIPERATIVIDADE E IMPULSIVIDADE
FUNÇÕES EXECUTIVAS
AUTORREGULAÇÃO EMOCIONAL
Referência Bibliográfica:
American Psychiatric Association. Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, Fifth Editionexternal icon
https://www.cdc.gov/ncbddd/adhd/index.html (Accessed on January 16, 2024)
ATENÇÃO
HIPERATIVIDADE E IMPULSIVIDADE
FUNÇÕES EXECUTIVAS
Nessa faixa etária, não é incomum observar o aparecimento de sintomas de ansiedade junto com os sinais do TDAH.
Referência Bibliográfica:
American Psychiatric Association. Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, Fifth Editionexternal icon
https://www.cdc.gov/ncbddd/adhd/index.html (Accessed on January 16, 2024)
ATENÇÃO
HIPERATIVIDADE E IMPULSIVIDADE
FUNÇÕES EXECUTIVAS
Nessa faixa etária, não é incomum observar o aparecimento de sintomas de ansiedade e/ou de depressão junto com os sinais do TDAH.
Referência Bibliográfica:
American Psychiatric Association. Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, Fifth Editionexternal icon
https://www.cdc.gov/ncbddd/adhd/index.html (Accessed on January 16, 2024)
Chegou à conclusão de que precisa consultar uma opinião profissional? Nós podemos ajudar em como planejar este momento! E lembre-se, uma avaliação profissional é extremamente importante, não tome decisões sem antes realizar uma consulta.
Você tem dúvida se os comportamentos ou dificuldades que fazem parte da fase de vida em que se encontra são indicativos de uma dificuldade que pode ser superada? Procure um profissional especializado, com conhecimento profissional do funcionamento cerebral esperado para cada faixa etária e dos comportamentos que sinalizam tal funcionalidade. A escolha adequada do especialista deve respeitar a idade da pessoa que apresenta os sinais, ou seja, pediatra ou neuropediatra no caso de crianças; hebiatra, neurologista ou psiquiatra no caso de adolescentes e o neurologista ou psiquiatra no caso do adulto.
A primeira consulta com o especialista é comumente consumida por dúvidas básicas e queixas observadas em diversos momentos e que, no caso do adulto, impactam diferentes esferas da vida.
A checklist a seguir ajudará você a organizar as principais informações para que o relato ao especialista ocorra de forma completa e assertiva, além de nortear documentos que podem complementar a consulta.
Confira o arquivo para baixar com o check-list para impressão:
Visualizar o checklist para adultos Visualizar o checklist para criança
Referência Bibliográfica:
Berkley, Russell A.Aprendendo a viver – Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade. (tradução Luis Reyes Gil). 1ª. Edição. Belo Horizonte: Autêntica, 2020.
Hoogman, M et al. (2017). Subcortical brain volume differences in participants with attention deficit hyperactivity disorder in children and adults: a cross-sectional mega-analysis.
Lancet Psychiatry, 2017 Apr;4(4):310-319. doi: 10.1016/S2215-0366(17)30049-4. Epub 2017 Feb 16. Erratum in: Lancet Psychiatry. 2017 Jun;4(6):436. PMID: 28219628; PMCID: PMC5933934.
National Institute for Health and Care Excellence. Attention deficit hyperactivity disorder: Diagnosis and management. NICE guideline [NG87], September 2019.
https://www.nice.org.uk/guidance/NG87 (Accessed on January 16, 2024).
https://www.cdc.gov/ncbddd/adhd/index.html (Accessed on January 16, 2024)
National Institute for Health and Care Excellence. Attention deficit hyperactivity disorder: Diagnosis and management. NICE guideline [NG87], September 2019.
https://www.nice.org.uk/guidance/NG87 (Accessed on January 16, 2024).
Seu médico propôs exames ou documentos complementares?
Não existe um único exame laboratorial ou de neuroimagem que possa confirmar se uma pessoa tem TDAH. O diagnóstico envolve um processo de múltiplos passos. O médico avalia por meio de ferramentas clínicas e diferentes abordagens, além de se pautar em uma pesquisa minuciosa acerca do dia a dia da pessoa, focando nas dificuldades apresentadas nos diversos ambientes de vida em que ela ocupa.
É feita uma avaliação da história dos sintomas do paciente, dos seus eventos emocionais, de qual foi a idade de início da linguagem e outros aspectos do desenvolvimento. O profissional pergunta sobre ausências escolares, estressores psicossociais e observa as interações entre pais e filhos.
O médico faz um exame físico importante para avaliar se existem outros diagnósticos associados, ou a possibilidade de ser outro diagnóstico. Entretanto, a maioria das crianças com TDAH não tem alterações no exame físico.
Alguns aspectos devem ser destacados:
O médico solicita exames complementares, como coleta de sangue e exame de neuroimagem, para descartar outros diagnósticos e verificar se existem outras doenças coexistentes.
Também é solicitada a Avaliação Neuropsicológica e o Relatório Escolar para o diagnóstico e tratamento.
Referência Bibliográfica:
Berkley, Russell A.Aprendendo a viver – Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade. (tradução Luis Reyes Gil). 1ª. Edição. Belo Horizonte: Autêntica, 2020.
Hoogman, M et al. (2017). Subcortical brain volume differences in participants with attention deficit hyperactivity disorder in children and adults: a cross-sectional mega-analysis.
Lancet Psychiatry, 2017 Apr;4(4):310-319. doi: 10.1016/S2215-0366(17)30049-4. Epub 2017 Feb 16. Erratum in: Lancet Psychiatry. 2017 Jun;4(6):436. PMID: 28219628; PMCID: PMC5933934.
National Institute for Health and Care Excellence. Attention deficit hyperactivity disorder: Diagnosis and management. NICE guideline [NG87], September 2019.
https://www.nice.org.uk/guidance/NG87 (Accessed on January 16, 2024).
https://www.cdc.gov/ncbddd/adhd/index.html (Accessed on January 16, 2024)
National Institute for Health and Care Excellence. Attention deficit hyperactivity disorder: Diagnosis and management. NICE guideline [NG87], September 2019.
https://www.nice.org.uk/guidance/NG87 (Accessed on January 16, 2024).
Trata-se de uma análise minuciosa das funções cognitivas, emocionais e comportamentais. Pode ser indicada para todas as faixas etárias, desde a criança até o idoso. A avaliação fornece informações importantes para o diagnóstico do TDAH e norteia as necessidades específicas que precisarão ser trabalhadas pelo profissional da saúde, a fim de minimizar os impactos no dia a dia da pessoa.
A Avaliação Neuropsicológica pode ajudar a excluir outros transtornos (por exemplo, dificuldade de aprendizagem), ou identificar áreas problemáticas específicas para as crianças com TDAH, incluindo raciocínio abstrato, flexibilidade mental, planejamento e memória de trabalho, ou seja, uma coleção de habilidades amplamente categorizadas como "funções executivas". A Avaliação Neuropsicológica dessas habilidades, bem como a avaliação direta da atenção e desinibição comportamental, geralmente é desejável para facilitar o diagnóstico, planejar intervenções ambientais e comportamentais e acompanhar o progresso do tratamento.
Referência Bibliográfica:
Berkley, Russell A.Aprendendo a viver – Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade. (tradução Luis Reyes Gil). 1ª. Edição. Belo Horizonte: Autêntica, 2020.
Hoogman, M et al. (2017). Subcortical brain volume differences in participants with attention deficit hyperactivity disorder in children and adults: a cross-sectional mega-analysis.
Lancet Psychiatry, 2017 Apr;4(4):310-319. doi: 10.1016/S2215-0366(17)30049-4. Epub 2017 Feb 16. Erratum in: Lancet Psychiatry. 2017 Jun;4(6):436. PMID: 28219628; PMCID: PMC5933934.
National Institute for Health and Care Excellence. Attention deficit hyperactivity disorder: Diagnosis and management. NICE guideline [NG87], September 2019.
https://www.nice.org.uk/guidance/NG87 (Accessed on January 16, 2024).
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National Institute for Health and Care Excellence. Attention deficit hyperactivity disorder: Diagnosis and management. NICE guideline [NG87], September 2019.
https://www.nice.org.uk/guidance/NG87 (Accessed on January 16, 2024).
À escola, pode ser solicitado um relatório atualizado que discorra sobre o percurso do aluno, fornecendo dados sobre aprendizagem e comportamento.
No caso de crianças, o médico pode indicar ainda um questionário específico para preenchimento dos professores, a fim de obter dados atuais sob o ponto de vista pedagógico, social e comportamental da criança.
Referência Bibliográfica:
Berkley, Russell A.Aprendendo a viver – Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade. (tradução Luis Reyes Gil). 1ª. Edição. Belo Horizonte: Autêntica, 2020.
Hoogman, M et al. (2017). Subcortical brain volume differences in participants with attention deficit hyperactivity disorder in children and adults: a cross-sectional mega-analysis.
Lancet Psychiatry, 2017 Apr;4(4):310-319. doi: 10.1016/S2215-0366(17)30049-4. Epub 2017 Feb 16. Erratum in: Lancet Psychiatry. 2017 Jun;4(6):436. PMID: 28219628; PMCID: PMC5933934.
National Institute for Health and Care Excellence. Attention deficit hyperactivity disorder: Diagnosis and management. NICE guideline [NG87], September 2019.
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National Institute for Health and Care Excellence. Attention deficit hyperactivity disorder: Diagnosis and management. NICE guideline [NG87], September 2019.
https://www.nice.org.uk/guidance/NG87 (Accessed on January 16, 2024).
Existe algo que favorece o diagnóstico? Posso estar fazendo algo errado? TDAH tem cura? Explore estes temas com a gente!
As causas e fatores de risco para o desenvolvimento do TDAH ainda são desconhecidos.
Pesquisas científicas atuais apontam a causalidade genética e a interação entre genes e ambiente. Estudam-se como possíveis causas ou fatores de risco: doença no cérebro, exposição ambiental a chumbo, uso de álcool ou tabaco durante gravidez, prematuridade e baixo peso ao nascer. Mas, por ora, não há evidências conclusivas.
Ao contrário do que se pensava antigamente, descarta-se ainda a influência de alimentos açucarados, alta exposição a televisão, conduta dos pais na educação e fatores ambientais e sociais como responsáveis por desencadear o TDAH. Mantém-se a hipótese de que tais situações podem piorar os sintomas.
Referência Bibliográfica:
Berkley, Russell A.Aprendendo a viver – Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade. (tradução Luis Reyes Gil). 1ª. Edição. Belo Horizonte: Autêntica, 2020.
Hoogman, M et al. (2017). Subcortical brain volume differences in participants with attention deficit hyperactivity disorder in children and adults: a cross-sectional mega-analysis. Lancet Psychiatry, 2017 Apr;4(4):310-319. doi: 10.1016/S2215-0366(17)30049-4. Epub 2017 Feb 16. Erratum in: Lancet Psychiatry. 2017 Jun;4(6):436. PMID: 28219628; PMCID: PMC5933934.
National Institute for Health and Care Excellence. Attention deficit hyperactivity disorder: Diagnosis and management. NICE guideline [NG87], September 2019. https://www.nice.org.uk/guidance/NG87 (Accessed on January 16, 2024).
https://www.cdc.gov/ncbddd/adhd/index.html (Accessed on January 16, 2024)
National Institute for Health and Care Excellence. Attention deficit hyperactivity disorder: Diagnosis and management. NICE guideline [NG87], September 2019. https://www.nice.org.uk/guidance/NG87 (Accessed on January 16, 2024).
Muitos avanços foram feitos até o presente momento para minimizar de forma maciça os prejuízos que as pessoas com TDAH experimentam em seu dia a dia. Apesar de a cura ainda não existir, é possível que os sintomas sejam efetivamente controlados. O diagnóstico precoce possibilita minimizar o quanto antes os efeitos negativos do TDAH, que, se não forem devidamente tratados, impactarão a vida da pessoa ao longo dos anos, trazendo efeitos cada vez maiores.
Referência Bibliográfica:
Berkley, Russell A.Aprendendo a viver – Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade. (tradução Luis Reyes Gil). 1ª. Edição. Belo Horizonte: Autêntica, 2020.
Hoogman, M et al. (2017). Subcortical brain volume differences in participants with attention deficit hyperactivity disorder in children and adults: a cross-sectional mega-analysis. Lancet Psychiatry, 2017 Apr;4(4):310-319. doi: 10.1016/S2215-0366(17)30049-4. Epub 2017 Feb 16. Erratum in: Lancet Psychiatry. 2017 Jun;4(6):436. PMID: 28219628; PMCID: PMC5933934.
National Institute for Health and Care Excellence. Attention deficit hyperactivity disorder: Diagnosis and management. NICE guideline [NG87], September 2019. https://www.nice.org.uk/guidance/NG87 (Accessed on January 16, 2024).
https://www.cdc.gov/ncbddd/adhd/index.html (Accessed on January 16, 2024)
National Institute for Health and Care Excellence. Attention deficit hyperactivity disorder: Diagnosis and management. NICE guideline [NG87], September 2019. https://www.nice.org.uk/guidance/NG87 (Accessed on January 16, 2024).
Tenho TDAH, e agora? Os profissionais que acompanham seu tratamento são seus grandes aliados, e junto deles podemos explorar informações que ajudem no processo de diagnóstico da doença.
Benefícios do Diagnóstico Precoce
Quanto antes for feito o diagnóstico, maiores são as chances de determinar se os sintomas experimentados são causados pelo TDAH, ou por outro problema com características similares, e, com isso, é possível indicar o tratamento correto para minimizar os impactos das dificuldades nas diversas esferas de vida: ocupacional (adulto), escolar (criança/adolescente) e pessoal/familiar.
Se a causa das dificuldades apontadas for, de fato, o TDAH, o diagnóstico precoce permitirá:
Acesso às opções de tratamento:
A Psicoterapia Cognitivo-Comportamental com suporte de orientação parental (em crianças e adolescentes) associada à terapêutica medicamentosa, quando necessário, auxiliam no desenvolvimento de habilidades cognitivas, comportamentais e emocionais deficitárias, tais como: capacidade atencional, organizacional, autocontrole dos impulsos, tomada de decisões apropriadas pautada em consequências, autoregulação das emoções para lidar com situações frustrantes, entre outras.
Em alguns casos, quando o diagnóstico demora para acontecer, a criança ou adolescente pode apresentar dificuldades pedagógicas e, com isso, pode ser necessário acompanhamento psicopedagógico e fonoaudiológico especializados.
Acesso a suporte no ambiente escolar para crianças e jovens: dependendo da idade em que o diagnóstico ocorre, bem como da intensidade dos sintomas, faz-se necessárias adaptações no ambiente escolar, a fim de garantir que a criança ou adolescente aprenda a contento e seja avaliada de forma apropriada.
Benefícios emocionais individuais:
É comum que pessoas acometidas pelo TDAH vivenciem situações recorrentes de dificuldades em ambientes escolares ou sociais, podendo contribuir para reduzir sua estima pessoal. Quanto mais precoce for o diagnóstico, menor será o tempo de exposição da pessoa a experiências negativas, na medida em que a intervenção se dará e, com ela, a minimização das dificuldades.
Benefícios emocionais da família:
Os sintomas do TDAH impactam diferentemente a vida em família, tanto quando acomete a criança/adolescente, quanto quando acomete o adulto. Quanto antes o diagnóstico ocorrer, menor será o impacto nas relações e na magnitude das dificuldades, pois, à medida que a pessoa cresce, maiores se tornam as consequências dos seus comportamentos.
Para crianças e adolescentes, é possível ajustar as expectativas dos pais e professores, por meio de orientações sobre as características do transtorno, recomendações de fazer uso de um formato de comunicação direcionado, harmonizando as relações. No caso dos adultos, o autoconhecimento e o uso de estratégias ajustadas as diferentes dificuldades minimizam drasticamente os conflitos em família.
Referência Bibliográfica:
American Psychiatric Association. Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, Fifth Editionexternal icon
National Institute for Health and Care Excellence. Attention deficit hyperactivity disorder: Diagnosis and management. NICE guideline [NG87], September 2019. https://www.nice.org.uk/guidance/NG87 (Accessed on January 16, 2024).
É comum que pessoas acometidas por TDAH apresentem sintomas diferentes. Isso se deve ao fato de que existem tipos diferentes de TDAH. Além da manifestação ocorrer de forma distinta, há também a possibilidade de, juntamente com o TDAH, a pessoa apresentar sintomas que caracterizam outros transtornos associados, chamados de 'comorbidades'.
Conheça as diferentes manifestações do TDAH e os transtornos que comumente podem estar associados.
A pessoa percebe dificuldade de prestar atenção em detalhes, é facilmente distraída, tem dificuldade de se organizar com as atividades e concluí-las, se perde em conversas e não dá conta de seguir várias instruções. Também é comum esquecer detalhes de sua rotina.
Referência Bibliográfica:
American Psychiatric Association. Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, Fifth Editionexternal icon
National Institute for Health and Care Excellence. Attention deficit hyperactivity disorder: Diagnosis and management. NICE guideline [NG87], September 2019. https://www.nice.org.uk/guidance/NG87 (Accessed on January 16, 2024).
Em crianças, é comum observar a dificuldade de se manter sentado por longo período de tempo, seja durante as refeições ou até a conclusão de tarefas escolares. Costumam falar muito, não conseguem respeitar turnos e atropelam a vez do outro em jogos e brincadeiras. Também costumam se machucar mais do que outros.
Crianças menores tendem a correr, pular ou escalar. Já os adultos percebem agitação em si, apesar de não externarem como as crianças.
A impulsividade se manifesta através da dificuldade da pessoa de esperar o outro concluir sua fala, interrompendo-a ou falando em momentos inapropriados. Além disso, se envolve em acidentes com relativa frequência.
Referência Bibliográfica:
American Psychiatric Association. Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, Fifth Editionexternal icon
National Institute for Health and Care Excellence. Attention deficit hyperactivity disorder: Diagnosis and management. NICE guideline [NG87], September 2019. https://www.nice.org.uk/guidance/NG87 (Accessed on January 16, 2024).
A pessoa experimenta a junção de sintomas dos subtipos desatento e hiperativo-impulsivo. Desta forma, além da desatenção, a agitação e a impulsividade se fazem presentes.
Referência Bibliográfica:
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A dificuldade na escola voltada a uma habilidade ou tópico específico de alguma matéria é comum entre as crianças. A evidência de um transtorno de aprendizagem existe quando, diante da inteligência preservada e do esforço da criança (motivação), se observa dificuldade em uma ou mais áreas de aprendizagem que persiste ao longo do tempo.
Existem tipos diferentes de transtornos de aprendizagem que são classificados a partir do impacto nas diferentes aprendizagens, seja na leitura, na matemática, na grafia de palavras, entre outras.
Os sintomas podem estar relacionados a dificuldade de identificar direita e esquerda; inversão de letras, palavras ou números, após a segundo ano do Ensino Fundamental; dificuldade de entender e seguir instruções; dificuldade de entender o que leu e reportar o conteúdo; dificuldade de escrever ou ler; dificuldade de entender o conceito de tempo e mensurá-lo; dificuldade de reconhecer padrões, ou classificar itens por tamanho ou forma, e dificuldade de coordenar movimentos.
Referência Bibliográfica:
American Psychiatric Association. Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, Fifth Editionexternal icon
National Institute for Health and Care Excellence. Attention deficit hyperactivity disorder: Diagnosis and management. NICE guideline [NG87], September 2019. https://www.nice.org.uk/guidance/NG87 (Accessed on January 16, 2024).
A Depressão é um dos mais conhecidos transtornos de humor e afeta muitas pessoas em todo o mundo. Estar deprimido é mais do que sentir-se “pra baixo”. A Depressão existe quando o humor triste perdura ao longo do tempo e interfere no dia a dia da pessoa. Nessa condição, a pessoa se sente triste ou desanimada com frequência e perde a vontade de fazer atividades que antes a apetecia. Sente-se irritada com facilidade e frustrada ou inquieta. Percebe alteração no padrão de sono e também acorda muito cedo ou passa a dormir muito. A alimentação também muda e a pessoa come mais ou menos do que o habitual, ou perde totalmente o apetite. Pode ter sensação de cansaço recorrente, mesmo depois de dormir bem. Tem dores frequentes que não melhoram com tratamento (dor de cabeça ou problemas estomacais). Sente-se culpado, inútil ou desamparado com frequência. Percebe dificuldade de se concentrar, se lembrar de detalhes ou de tomar decisões. Tem ideias negativas e que podem atentar contra sua própria integridade física.
Referência Bibliográfica:
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National Institute for Health and Care Excellence. Attention deficit hyperactivity disorder: Diagnosis and management. NICE guideline [NG87], September 2019. https://www.nice.org.uk/guidance/NG87 (Accessed on January 16, 2024).
Existem diferentes tipos de Transtornos de Ansiedade que são caracterizados pelo comprometimento que desencadeia.
Quando a pessoa se percebe invadida por medos ou preocupações que não são racionalmente justificados e, por causa disso, passa a evitar situações ou pessoas, gerando comprometimento escolar/ocupacional e na vida pessoal, ela pode estar enfrentando um transtorno de ansiedade. Os medos podem estar relacionados a ficar longe dos pais (ansiedade de separação); medos específicos e extremos de alguma coisa ou situação (fobia); medo de frequentar locais com pessoas (ansiedade social); medo de ter crises caracterizadas por batimento cardíaco acelerado, dificuldade de respirar, sensação de tontura, tremor e suor (transtorno de pânico), entre outros. Além do medo, os sintomas de ansiedade podem ser acompanhados de dificuldade de dormir, sintomas físicos como dores de cabeça ou de estômago, cansaço e/ou mudança no hábito alimentar.
Referência Bibliográfica:
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Transtorno Opositor-Desafiador
Geralmente começa antes dos 8 anos de idade e causa impactos em casa, na escola e nas relações sociais. As crianças são mais propensas a se opor às regras ou solicitações, recusando-se a segui-las, e desafiam pessoas conhecidas. Ficam com raiva ou perdem a paciência mais vezes. Ressentem-se ou guardam rancor com frequência. Irritam os outros ou ficam irritados facilmente. Culpam os outros por seus erros ou mau comportamento.
Referência Bibliográfica:
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A pessoa apresenta um padrão de agressão contínuo e violações graves de regras sociais nos diversos ambientes que frequenta. A agressividade pode se manifestar como bullying, brigas ou crueldade com animais. As crianças têm maior probabilidade de se machucar e podem apresentar dificuldades de relacionamento com pares. Em adultos, as violações podem acarretar infração de leis e consequente detenção.
Referência Bibliográfica:
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Tiques são contrações, movimentos ou sons repentinos, não passíveis de controle por parte da pessoa. O tique pode ser vocal (grunhido), nos olhos (piscar continuamente), ou outros. Existem três tipos de Transtorno de Tique: Síndrome de Tourette, Transtorno de Tique Vocal e Motor Persistente e Transtorno de Tique Provisório.
Referência Bibliográfica:
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Sabendo que tenho TDAH, como posso me cuidar? Poderei ter uma vida como espero? Vamos explorar essas dúvidas nessa seção.
A comunidade científica tem estado extremamente envolvida em pesquisas acerca do TDAH nos últimos 20 anos. Dentre as possibilidades de tratamentos cientificamente comprovados, que auxiliam as pessoas com TDAH, estão as terapêuticas não-medicamentosa e a medicamentosa.
Referência Bibliográfica:
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Terapia Comportamental
A Terapia Comportamental é um formato de psicoterapia indicada para o tratamento do TDAH, por demonstrar resultados consistentes em curto período de tempo. Seu objetivo principal é ajudar a pessoa a identificar os comportamentos limitantes e capacitá-la a ampliar seu repertório de comportamentos, bem como fazer uso de estratégias para transpor as dificuldades. A intervenção é bastante prática na medida em que a pessoa é incentivada a:
No início do processo terapêutico, conversa-se sobre as características da doença para que a pessoa consiga se compreender melhor e tomar consciência de suas dificuldades. Trata-se de uma abordagem terapêutica que pode ser empregada para todas as faixas etárias.
Treinamento de Habilidade Parental
No atendimento a crianças e adolescentes, os pais participam diretamente, ajudando a lidar com os comportamentos limitantes. Os pais são orientados a devem reagir aos diferentes comportamentos da criança, contribuindo diretamente no tratamento.
Ao longo das sessões, são capacitados a:
A partir do uso de estratégias de manejo de estresse, os pais são capacitados a ampliar as habilidades de enfrentamento às frustrações de seu filho e, com isso, se tornam mais capazes de responder calmamente aos comportamentos que eles emitem.
Referência Bibliográfica:
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Grupos de suporte a familiares também se mostram efetivos ao ajudar pais e famílias que vivenciam dificuldades similares a partir da troca de experiências. Além do acolhimento, os grupos dão esperança aos familiares ao compartilhar experiências de sucesso ao lidar com as diferentes situações.
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O suporte escolar proporcionado por algumas escolas oferece apoio educacional a partir de modificações no formato de aulas e do material pedagógico de sala de aula e de atividade de casa, de ajustes na postura dos professores ao lidar com o aluno com TDAH, e a parceria mais ainda próxima com as famílias. Tais medidas contribuem para o aumento das possibilidades de sucesso da criança ou adolescente no contato com o conteúdo pedagógico, o que interfere diretamente na motivação para aprender e continuar se expondo à situação de aprendizagem.
Referência Bibliográfica:
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A musicoterapia é um tipo de psicoterapia em que o terapeuta, a partir de experiências musicais e as relações que se desenvolvem por meio delas, trabalha objetivos específicos. Nessa modalidade terapêutica, por meio da música, é possível induzir condições de alerta e relaxamento, proporcionar experiências de satisfação, entusiasmo e autoconfiança.
Um estudo recente fez um levantamento de publicações de várias revistas científicas de renome acerca da eficácia da musicoterapia em crianças e adolescentes com TDAH. Apesar de ainda não ser possível concluir que a musicoterapia é eficaz na redução dos sintomas do TDAH ou na melhora do engajamento no aprendizado, por ainda não ter revisões sistemáticas acerca dessa intervenção, observa-se um campo promissor de intervenção.
Outro estudo que compõe o caminho de construção desse conhecimento, apesar do número reduzido de crianças com TDAH (20 delas), demonstrou redução da agressividade e sintomas de hiperatividade, bem como aumento da atenção, diante da intervenção em musicoterapia. A melhora na atenção seletiva também foi validada em outra pesquisa que sugeriu impacto positivo da intervenção em musicoterapia em crianças com TDAH.
Outras diferentes pesquisas revelaram resultados positivos da musicoterapia para a redução dos sintomas de TDAH em sala de aula e na promoção de comportamentos pró-sociais em adolescentes, contribuindo para interações mais adequadas.
Referência Bibliográfica:
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A indicação da Equoterapia no tratamento do TDAH é justificada a partir do benefício no controle da ansiedade, melhora atencional e impacto positivo sob o ponto de vista pedagógico.
Terapêutica Medicamentosa
O tratamento medicamentoso atua na diminuição dos comportamentos hiperativo e impulsivo e na melhora da atenção. Deve ser prescrito e acompanhado por um médico especializado.
Os tipos de medicação mais comumente indicada para o tratamento do TDAH são os “estimulantes”. Com supervisão médica, as medicações estimulantes são consideradas seguras.
Os especialistas recomendam que crianças com TDAH a partir de 6 anos recebam terapia comportamental junto com medicamentos e que crianças menores de 6 anos com TDAH recebam terapia comportamental antes de tentarem medicamentos para o TDAH.
A terapia comportamental para crianças pequenas com TDAH é mais eficaz quando administrada pelos pais. Portanto, o CDC ("Center for Desease Control and Prevention") trabalha para ajudar as famílias a obter os cuidados certos na hora certa, aumentando a conscientização, ampliando as opções de tratamento para famílias e provedores e explorando maneiras de viabilizar o acesso à terapia comportamental.
Medicamentos antidepressivos também podem ser prescritos como coadjuvantes para o tratamento do TDAH, ou para tratar outros diagnósticos, como transtornos ansiosos e depressivos, que podem ocorrer de forma concomitante.
Referência Bibliográfica:
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Dicas práticas para o gerenciamento do TDAH, rotina e dia a dia que apoiam o diagnóstico para melhor qualidade de vida!
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Falar de alimentação, atividade física e sono pode parecer clichê, no entanto, assim como na construção de uma vida saudável, exercem papel fundamental no controle dos sintomas do TDAH.
As estratégias descritas a seguir são de grande valia se usadas conjuntamente aos tratamentos indicados pelo seu médico. Desta forma, não os substitui.
Referência Bibliográfica:
Cenit MC, Nuevo IC, Codoñer-Franch P, Dinan TG, Sanz Y. Gut microbiota and attention deficit hyperactivity disorder: new perspectives for a challenging condition. Eur Child Adolesc Psychiatry. 2017 Sep;26(9):1081-1092. doi: 10.1007/s00787-017-0969-z. Epub 2017 Mar 13. PMID: 28289903.
Alejandra Ríos-Hernández, José A. Alda, Andreu Farran-Codina, Estrella Ferreira-García and Maria Izquierdo-Pulido. The Mediterranean Diet and ADHD in Children and Adolescents. Pediatrics Feb.2017, 139 (2). 2016-2027; DOI: https://doi.org/10.1542/peds.2016-2027
Stevens LJ, Kuczek T, Burgess JR, Hurt E, Arnold LE. Dietary sensitivities and ADHD symptoms: thirty-five years of research. Clin Pediatr (Phila). 2011 Apr; 50(4):279-93. doi: 10.1177/0009922810384728. Epub 2010 Dec 2. PMID: 21127082.
Manter a casa segura é crucial para pessoas com TDAH, principalmente em idade pré-escolar. Os pais de crianças com TDAH relatam cerca de duas vezes mais ferimentos em seus filhos quando comparados com os pais de crianças sem o transtorno. Isso provavelmente ocorre pelo fato de que as crianças têm problemas com a parte do cérebro responsável pelo funcionamento executivo. Isso significa que é mais difícil para eles terem um momento de análise de consequências das ações.
Já adolescentes e adultos apresentam maior dificuldade com organização e podem ficar horas procurando por um objeto perdido pela casa. Logo, mudanças aparentemente pequenas em sua casa podem trazer grandes melhorias em sua vida,menos desordem, menos aborrecimentos e maior tranquilidade.
Algumas dicas podem te ajudar a deixar o ambiente domiciliar mais seguro. Na imagem, ao acender as luzes, cômodo por cômodo, acessará as dicas correspondentes a cada um dos diferentes cômodos.
1ª. Dica
Sala de jantar
A criança em idade pré-escolar com TDAH tem maior tendência a escalar os móveis. Portanto, leve esse comportamento em conta na hora de escolher móveis. Use protetor de quinas em mesas, principalmente as de vidro.
Já adolescentes e adultos podem ter dificuldade prestando atenção a todo momento e isso pode significar acidentes, tanto pessoais, quanto com outros objetos. Portanto, escolha móveis que sejam à prova de manchas.
2ª. Dica
Quarto da criança
A criança com idade pré-escolar com TDAH provavelmente se cansará de um brinquedo muito rapidamente. Limite as escolhas de novos brinquedos e evite itens com muitas peças. Ajude-a a desenvolver habilidades organizacionais, fornecendo caixas de brinquedos: ensinar a criança a guardar os brinquedos, etiquetando as caixas com imagens ou frases, se ela souber ler, pode ser de grande ajuda.
Quarto do adulto
Adolescente ou adulto com TDAH também pode se beneficiar de rotulagem de organizadores, assim como sempre devolver objetos ao mesmo lugar objetos depois de utilizá-los.
3ª. Dica
Quarto da criança
A criança com TDAH costuma ter muito mais energia do que os pais. Por isso, é comum que ela se levante, pela manhã, mais cedo e se aventure pela casa antes dos pais saírem da cama. Portanto, um portão na porta do quarto pode ser uma boa estratégia de segurança doméstica. Além disso, mantenha a cama longe de quaisquer janelas. Certifique-se de que quaisquer estantes de livros ou itens pesados no quarto estejam presos ou presos à parede. Subir em móveis que caem é uma das principais causas de ferimentos,
Quarto do adulto
Se você é adulto ou adolescente com TDAH, defina um despertador, cronômetro de cozinha ou alerta de computador, ou peça que alguém de confiança ligue para você em um horário específico para não perder a hora de acordar.
Procure estar desperto e atento ao se levantar da cama, deixando uma luz auxiliar onde possível, para não se machucar.
4ª. Dica
Banheiro
Certifique-se de travar os medicamentos e proteger os armários do banheiro com travas de segurança para criança.
Quarto
Para o adulto e adolescente com TDAH, coloque os remédios em porta comprimidos semanais e mantenha um calendário, assim evita-se tomar mais de um remédio no mesmo dia ou deixar de tomá-lo.
5ª. Dica
Cozinha, banheiro e quarto da criança
A cozinha é outro cômodo que precisa de proteção para criança com TDAH. Como no banheiro e no quarto, use travas de segurança. Preste atenção especial aos sacos plásticos soltos, cabos de eletrodomésticos e toalhas de mesa que ficam penduradas na borda da mesa. Armazene fósforos e isqueiros em armários trancados junto com materiais de limpeza.
Quarto
Para adolescentes e adultos, a dica é prender as pontas de tapetes para não escorregar ou usar tapetes com proteção antiderrapante.
6ª. Dica
Casa toda
Segurança doméstica significa precauções de bom senso e supervisão para todos. Pegue todos os pequenos objetos do chão e de todas as superfícies das mesas. Eles podem ser engolidos, e asfixia é um perigo comum para todas as crianças, não apenas para aquelas com TDAH.
7ª. Dica
Sala
Se você é adulto ou adolescente com TDAH, estabeleça limites de tempo para a tomada de decisões, pois você pode passar dias agonizando sobre decisões que outros tomam em minutos. Acelere o processo definindo um prazo ou limite de orçamento.
Sempre identifique o fator mais importante a se considerar ao tomar qualquer decisão, seja preço, conveniência, estética, praticidade ou qualquer outra coisa. Concentre-se apenas nesse fator ao considerar sua decisão.
Referência Bibliográfica:
Cenit MC, Nuevo IC, Codoñer-Franch P, Dinan TG, Sanz Y. Gut microbiota and attention deficit hyperactivity disorder: new perspectives for a challenging condition. Eur Child Adolesc Psychiatry. 2017 Sep;26(9):1081-1092. doi: 10.1007/s00787-017-0969-z. Epub 2017 Mar 13. PMID: 28289903.
Alejandra Ríos-Hernández, José A. Alda, Andreu Farran-Codina, Estrella Ferreira-García and Maria Izquierdo-Pulido. The Mediterranean Diet and ADHD in Children and Adolescents. Pediatrics Feb.2017, 139 (2). 2016-2027; DOI: https://doi.org/10.1542/peds.2016-2027
Stevens LJ, Kuczek T, Burgess JR, Hurt E, Arnold LE. Dietary sensitivities and ADHD symptoms: thirty-five years of research. Clin Pediatr (Phila). 2011 Apr; 50(4):279-93. doi: 10.1177/0009922810384728. Epub 2010 Dec 2. PMID: 21127082.
A nutrição desempenha um papel importante para o desenvolvimento e a saúde do cérebro, então muitos estudos se destinam a pesquisar possíveis relações entre falhas alimentares e problemas no neurodesenvolvimento.
Estudo recente aponta possível relação entre o TDAH e baixa adesão à dieta mediterrânea, rica em alimentos frescos como frutas, vegetais e peixes, o que é associado a hábitos alimentares ruins como pular o café da manhã e comer fast-food. O alto consumo de açúcar, doces e refrigerantes também se mostrou potencialmente associado a maior prevalência de TDAH. Anos atrás, muito se pesquisou acerca dos alimentos com corantes artificiais e a relação com o desenvolvimento do TDAH. Atualmente, sabe-se que alimentos com corantes artificiais não causam TDAH, no entanto, para crianças que não respondem satisfatoriamente ao tratamento convencional, a dieta livre de alimentos como esse pode ser uma possibilidade enquanto minimização dos sintomas.
Ainda se referindo a hábitos alimentares, estudos preliminares focando na biologia do intestino (microbiota intestinal) vêm demonstrando evidências de que a escolha dos alimentos modula o ambiente intestinal, que pode influenciar os sintomas do TDAH. Isso porque se apoiam na noção de que as interações hospedeiro-micróbio que ocorrem no intestino desempenham um papel fundamental no desenvolvimento e função do cérebro e na etiologia dos distúrbios do neurodesenvolvimento.
Achados como esse causam a reflexão sobre a importância da escolha dos alimentos para a saúde do cérebro e do corpo como um todo. A alimentação saudável, rica em alimentos in-natura e frescos, é a melhor opção quando se deseja reduzir qualquer impacto da sintomatologia do TDAH e de muitos outros problemas de saúde.
Referência Bibliográfica:
Cenit MC, Nuevo IC, Codoñer-Franch P, Dinan TG, Sanz Y. Gut microbiota and attention deficit hyperactivity disorder: new perspectives for a challenging condition. Eur Child Adolesc Psychiatry. 2017 Sep;26(9):1081-1092. doi: 10.1007/s00787-017-0969-z. Epub 2017 Mar 13. PMID: 28289903.
Alejandra Ríos-Hernández, José A. Alda, Andreu Farran-Codina, Estrella Ferreira-García and Maria Izquierdo-Pulido. The Mediterranean Diet and ADHD in Children and Adolescents. Pediatrics Feb.2017, 139 (2). 2016-2027; DOI: https://doi.org/10.1542/peds.2016-2027
Stevens LJ, Kuczek T, Burgess JR, Hurt E, Arnold LE. Dietary sensitivities and ADHD symptoms: thirty-five years of research. Clin Pediatr (Phila). 2011 Apr; 50(4):279-93. doi: 10.1177/0009922810384728. Epub 2010 Dec 2. PMID: 21127082.
Uma boa noite de sono é imprescindível para que acordemos com disposição, não é mesmo? No entanto, pesquisas mostram que pessoas com TDAH podem apresentar mais dificuldade em relação ao padrão de sono, quando comparadas a pessoas sem o diagnóstico. É comum que durmam menos tempo, demonstrem resistência à hora de dormir, dificuldade para adormecer e para acordar pela manhã, tenham despertares noturnos, sonolência diurna e movimentação excessiva das pernas ao dormir. Sabe-se ainda que assim como o TDAH pode impactar a qualidade do sono, os problemas de sono podem desencadear sintomas que “imitam” os do TDAH.
Além disso, como muitas crianças sofrem de Apnéia Obstrutiva do Sono, que faz com que o sono seja fragmentado, essa condição pode piorar a dificuldade de atenção.
Diante da identificação de sintomas como esses, recomenda-se o uso de estratégias de higiene do sono a fim de buscar moldar hábitos mais saudáveis que possam repercutir positivamente na qualidade do sono. Vamos a elas!
Os seus 5 órgãos dos sentidos emitem mensagens ao cérebro, portanto, delimite os estímulos para que eles sinalizem ao seu cérebro que está próximo ao horário de dormir! Atente-se para:
Caso essas estratégias não funcionem pra você depois de uma prática contínua, recomenda-se que converse com seu médico. Um profissional terá condições de investigar com profundidade se existe alguma condição extra que esteja potencializando a dificuldade no sono, como o quadro de apneia, por exemplo, e também pode intervir de forma medicamentosa.
Referência Bibliográfica:
Efron, D.; Lycett, K.; Sciberras, E. (2014). Use of sleep medication in children with ADHD. Sleep Medicine. Vol. 15 (4): 472-475.
Henriques Filho, Paulo Sérgio Azeredo. Sleep disorder investigation might be considered to be mandatory in attention deficit/hyperactivity disorder guideline. Arq. Neuro-Psiquiatr., São Paulo, v.74, n.9, p.701-707, Sept. 2016. Available from http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X2016000900701&lng=en&nrm=iso. Access on 22 Sept 2020.
Hvolby A. Associations of sleep disturbance with ADHD: implications for treatment. Atten Defic Hyperact Disord. 2015 Mar; 7(1): 1-18. doi: 10.1007/s12402-014-0151-0. Epub 2014 Aug 17. PMID: 25127644; PMCID: PMC4340974.
Yurumez, E; Kilic, B. G. Relationship Between Sleep Problems and Quality of Life in Children With ADHD. J Atten Disord. March 2016. Vol. 20(1): 34-40. https://doi.org/10.1177/1087054713479666
Estudo aponta que crianças com sintomas de TDAH têm maior risco de se tornarem adolescentes obesos e fisicamente inativos. Nesse sentido, a prática de atividade física regular se mostra ainda mais importante, seja para diminuir problemas de comportamentos, ou para prevenir o quadro de obesidade.
Recomenda-se pelo menos 60 minutos de atividade física moderada a vigorosa por dia para todas as crianças com mais de 6 anos de idade, não apenas para aquelas com TDAH. A atividade física regular tem sido associada à melhora da saúde cardiovascular, bem-estar psicossocial e desempenho cognitivo.
Uma variedade de exercícios físicos, como ioga, esportes coletivos, atividades aeróbicas, têm sido associados à melhora dos sintomas principais do TDAH. Alguns estudos também sugerem que o exercício aeróbico melhora a função neurocognitiva e aumenta a eficácia dos medicamentos estimulantes. Estudos adicionais são necessários para determinar quais tipos, duração, intensidade e frequência de exercício são mais eficazes.
Referência Bibliográfica:
Khalife, N.; Kantomaa, M.; Glover, V.; Tammelin, T.; Laitinen, J.; Ebeling, H.; Hurtig, T.; Jarvelin, M. R.; Rodriguez, A. (2014). Childhood Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder Symptoms Are Risk Factors for Obesity and Physical Inactivity in Adolescence. Journal of the Americam Academy of Child and Adolescent Psychiatry. Vol 53 (4): 425-436.
Ng QX, Ho CYX, Chan HW, et al. Managing childhood and adolescent attention-deficit/hyperactivity disorder (ADHD) with exercise: A systematic review. Complement Ther Med 2017; 34:123.
A partir da estratégia de Mindfulness ou Atenção Plena, a pessoa aprende a importância de focar a atenção no presente e a aceitar os próprios pensamentos e sentimentos, para melhorar o foco e a concentração. O objetivo central dessa proposta é a pessoa sair do estado de falta de consciência e viver uma vida consciente do momento presente. Conforme adquire essa consciência, se torna mais capaz de perceber o que a distrai.
Pesquisas sugerem que as intervenções que aumentam a atenção plena são uma ferramenta complementar útil para melhorar sintomas de TDAH e aumentar a capacidade da pessoa se autodirecionar. O treinamento baseado em Mindfulness gradualmente vem ganhando suporte empírico e, apesar de ainda não ser incluído como um tratamento autônomo, já vem sendo indicado como uma abordagem complementar à Terapia Comportamental.
Referência Bibliográfica:
Mitchell JT, Zylowska L, Kollins SH. Mindfulness Meditation Training for Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder in Adulthood: Current Empirical Support, Treatment Overview, and Future Directions. Cogn Behav Pract. 2015 May; 22(2): 172-191. doi: 10.1016/j.cbpra.2014.10.002. PMID: 25908900; PMCID: PMC4403871.
Smalley SL, Loo SK, Hale TS, Shrestha A, McGough J, Flook L, Reise S. Mindfulness and attention deficit hyperactivity disorder. J Clin Psychol. 2009 Oct;65(10):1087-98. doi: 10.1002/jclp.20618. PMID: 19681107; PMCID: PMC2827240.
Estudo realizado com 791 crianças norueguesas, com idades de 6, 8 e 10 anos, mostrou que crianças com sintomas de TDAH tornam-se mais atraídas por jogos na infância, pela dificuldade de se autorregular.
Outro estudo significativo, realizado com 3034 crianças e adolescentes de Cingapura, revalidou dado previamente constatado em pesquisas anteriores de que crianças que passam mais tempo jogando videogame têm mais problemas de atenção, assim como aquelas que são mais impulsivas ou têm mais dificuldade de atenção, subsequentemente, passam mais tempo jogando videogame.
Ambos os estudos nos permitem refletir sobre a necessidade de limitar o tempo em que se fica em contato com os jogos eletrônicos. Todo hábito, para ser incorporado, necessita de tempo e consistência. O uso abusivo de dispositivos eletrônicos, no qual se inclui os jogos, também precisou de tempo de exposição e consistência no brincar para que se tornasse hábito, recebendo, é claro, uma ajudinha dos mecanismos intrínsecos nos jogos, que atraem e mantém a pessoa envolvida, fazendo-a voltar a se expor a ele. Veja como é possível implementar hábitos que reduzam o tempo de exposição aos jogos.
ETAPA 1
Muna-se de credibilidade e persistência!
ETAPA 2
Converse com seu filho sobre a necessidade de balancear as atividades do dia para que tenha saúde em todos os aspectos. Se coloque como parceiro nesse processo.
ETAPA 3
Com ajuda de seu filho, delimite as atividades pré-estabelecidas (aula na escola, horário de atividade de casa, esporte, curso, terapia).
ETAPA 4
Agora é o momento de posicionar no calendário semanal as atividades de escolha (hobby, encontro com amigos, presencial, encontro com amigos no jogo on-line ou horário de videogame).
ETAPA 5
Mostre pra ele que tudo o que está listado é importante!. Ao desequilibrar qualquer área da vida (escolar, social, esportiva, hobby), terá prejuízos, ou seja, se abrir mão do esporte, terá problemas de saúde física; abrindo mão da atividade de casa, terá problemas pedagógicos; abrir mão do lazer trará impactos emocionais; abrindo mão de atividades sociais presenciais, terá impactos sociais, e assim sucessivamente.
ETAPA 6
Ajude-o a estabelecer o tempo de cada atividade ao longo do dia, levando em conta o balanceamento delas.
ETAPA 7
Coloque-se em parceria para ajudá-lo a preservar sua saúde global. Logo, se perceberem desajustes na balança, voltem a conversar sobre formas de buscar o equilíbrio novamente.
As estratégias globais imprescindíveis para que esse ajuste funcione estão na boa comunicação entre pais e filhos, na habilidade dos pais mostrarem para o filho o desejo de ajudar e, além disso, no quanto confiam que ele olhará para essa agenda em prol de sua saúde global em médio-prazo. Escorregões fazem parte e, se forem conduzidos com diálogo acolhedor, certamente serão apenas escorregões.
Referência Bibliográfica:
Gentile, D. A., Swing, E. L., Lim, C. G., & Khoo, A. (2012). Video game playing, attention problems, and impulsiveness: Evidence of bidirectional causality. Psychology of Popular Media Culture, 1(1), 62–70. https://doi.org/10.1037/a0026969
Stenseng, F., Hygen, B.W. & Wichstrøm, L. Time spent gaming and psychiatric symptoms in childhood: cross-sectional associations and longitudinal effects. Eur Child Adolesc Psychiatry 29, 839–847 (2020). https://doi.org/10.1007/s00787-019-01398-2
Vamos começar... pelo começo! Sou adulto e diagnosticado com TDAH, existe algo que possa fazer para apoiar de maneira prática minha rotina? Conheça as informações que nosso time de profissionais elaborou especialmente para você!
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Se você se identificou com o que leu anteriormente, certamente se beneficiará do uso de algumas estratégias pontuadas a seguir. Elas não substituem a busca pelo tratamento, mas dão oportunidade de iniciar mudanças em seu estilo de vida que impactarão positivamente sua vida pessoal e ocupacional.
Pré-estabeleça uma rotina e tente incorporá-la.
Construa uma “Caderneta de Ideias” para anotar ideias que surjam em sua cabeça e que concorrem com a atividade principal em que está envolvido no momento.
Referência Bibliográfica:
Groom MJ, van Loon E, Daley D, Chapman P, Hollis C. Driving behaviour in adults with attention deficit/hyperactivity disorder. BMC Psychiatry. 2015 Jul 28;15:175. doi: 10.1186/s12888-015-0566-y. PMID: 26216345; PMCID: PMC4515938.
Laurence Jerome. ADHD and driving safety. CMAJ. 2003.Jul. 8; 169(1):16. PMCID: PMC164935
Merkel RL Jr, Nichols JQ, Fellers JC, Hidalgo P, Martinez LA, Putziger I, Burket RC, Cox DJ. Comparison of On-Road Driving Between Young Adults With and Without ADHD. J Atten Disord. 2016 Mar;20(3):260-9. doi: 10.1177/1087054712473832. Epub 2013 Feb 11. PMID: 23400213.
Adultos com TDAH se envolvem em acidentes com mais frequência se comparados a adultos sem TDAH. Quando ao volante, cometem violações às regras de trânsito e lapsos com significativa frequência. Isso se deve a problemas com a parte do cérebro responsável por regular e controlar o comportamento impulsivo. Essa dificuldade se reflete no excesso de velocidade, no maior nível de frustração com outros condutores da via e na menor segurança ao mudar de faixa e fazer ultrapassagem em rodovia.
Os problemas atencionais também podem comprometer o desempenho ao volante, seja pela dificuldade em se manter atento ao longo de todo o percurso (atenção sustentada) ou por serem mais vulneráveis a eventos que ocorrem enquanto guiam, como um toque do celular, a música no rádio ou um evento que chame a atenção na rua (atenção seletiva).
Em alguns países do mundo, na avaliação de aptidão para dirigir, inclui-se o TDAH não tratado como uma condição médica que deve ser reportada e acompanhada. Isso porque estudos demonstram que adultos com TDAH tratados com medicação estimulante apresentam melhor desempenho ao dirigir.
Para aumentar a segurança do adulto com TDAH ao volante, recomenda-se buscar tratamento especializado com médico e terapeuta cognitivo-comportamental. Ampliar o controle do impulso e desenvolver um estado de consciência acerca dos estímulos que o distraem enquanto guia, daqueles que você precisa registrar com maior atenção, como placas que sinalizam restrições (limite de velocidade, direção da via, locais de ultrapassagem), bem como proximidade do semáforo e da faixa de pedestre, será de grande valia para minimizar a ocorrência de situações perigosas e indesejadas. Quando se trata de direção, aprender com o erro pode ser muito ruim!
Se você é o responsável por um adolescente que em breve terá a oportunidade de habilitar-se para ter o direito de guiar, comece desde já dando bons exemplos ao volante, para que você seja um modelo positivo e influencie no desenvolvimento de hábitos de direção segura. Assim que ele estiver habilitado, acompanhe-o em passeios breves e crie oportunidades para conversar sobre os desafios enfrentados por ele enquanto guia, seja em relação ao que possa minimamente distrair sua atenção, ou mesmo ao desejo de pisar no acelerador quando a via está vazia, por exemplo. Ajude-o a processar a situação, facilitando que ele busque estratégias para lidar com seu desafio. Assim, você estará ajudando-o no processo de conscientização.
Além disso, antes da primeira viagem de seu filho como condutor de um veículo, faça combinados que assegurem a segurança dele, dos passageiros que porventura for transportar e das pessoas que trafegam e transitam pelas ruas. Você pode atribuir limites relacionados a situações que entenda como perigosas para um novo motorista como: a importância de planejar com antecedência percursos que envolvam estrada, dar carona para no máximo 1 pessoa até que adquira prática e segurança, em dias chuvosos não guiar a noite até que tenha experiência em pista molhada. E, por fim, deixe claro que não haverá tolerância para uso de álcool ou substâncias e, nesse caso, serão suspensos imediatamente os privilégios de dirigir.
Referência Bibliográfica:
Groom MJ, van Loon E, Daley D, Chapman P, Hollis C. Driving behaviour in adults with attention deficit/hyperactivity disorder. BMC Psychiatry. 2015 Jul 28;15:175. doi: 10.1186/s12888-015-0566-y. PMID: 26216345; PMCID: PMC4515938.
Laurence Jerome. ADHD and driving safety. CMAJ. 2003.Jul. 8; 169(1):16. PMCID: PMC164935
Merkel RL Jr, Nichols JQ, Fellers JC, Hidalgo P, Martinez LA, Putziger I, Burket RC, Cox DJ. Comparison of On-Road Driving Between Young Adults With and Without ADHD. J Atten Disord. 2016 Mar;20(3):260-9. doi: 10.1177/1087054712473832. Epub 2013 Feb 11. PMID: 23400213.
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