DIAGNÓSTICO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL
A recomendação mais importante para o diagnóstico da hipertensão arterial é o monitoramento preventivo da pressão. Normalmente, tanto o clínico geral e o cardiologista, quanto outros especialistas fazem a aferição da pressão arterial regularmente a cada consulta.
“Grande parte dos hipertensos é assintomática e, por esta razão, o diagnóstico pode não ser feito em quem não tem o hábito de medir a pressão arterial regularmente – ou o diagnóstico acontecerá em estágio mais avançado da doença, quando sintomas ou complicações já estão presentes. Por isso, é imprescindível que a partir dos três anos de idade todas as pessoas tenham o hábito de medir anualmente a pressão arterial, ainda que não haja suspeita ou quadro familiar de hipertensão arterial.”
Dra. Andrea A. Brandão, professora associada de Cardiologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro– CRM 5249672-3
A pressão arterial é medida pelo médico por meio de um aparelho próprio. Para identificar um quadro de hipertensão arterial, o médico pode precisar acompanhar a pressão em dias e horários alternados, pois ela normalmente varia. Se a pressão estiver sustentada igual ou acima de 14 por 9 (140/90 mmHg) ao longo do tempo, este quadro pode ser caracterizado como de hipertensão arterial.1 Pessoas com diabetes ou doença renal crônica podem ter hipertensão diagnosticada com níveis iguais ou superiores a 13 por 8,5 (130/85 mmHg).1
Pressão arterial ótima
A hipertensão arterial considerada “ótima”, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), é 12 por 8 (120/80 mmHg).
A tabela a seguir mostra os parâmetros da pressão arterial:3
O médico também pode solicitar exames adicionais como teste de esforço (esteira); eletrocardiograma (para avaliar a atividade elétrica do coração); exames de sangue, glicose, colesterol e urina para afirmar se a hipertensão arterial está instalada ou mesmo se há alguma doença cardíaca.4
As pessoas que integram os grupos de risco da hipertensão arterial – possuem familiares diretos com hipertensão, estão acima do peso, têm diabetes, fumam, estão acima dos 40 anos, por exemplo – precisam tem atenção redobrada e cuidar para que haja periodicidade na medição da pressão arterial.
Cuidado!
A ausência de sintomas não significa que você está livre da hipertensão arterial. Acompanhe a sua pressão arterial regularmente!
Quando identificada precocemente, a pressão elevada ou a pré-hipertensão podem ser controladas com medicação, atividade física e dieta, visando possibilitar que não haja danos aos órgãos e ao coração. Quando já instalada, a hipertensão arterial deve ser controlada com medicamentos e mudança no estilo de vida.
“Quanto mais cedo for feito o diagnóstico e o início do tratamento, maiores as chances de evitar o avanço da hipertensão arterial e as complicações futuras como danos nos órgãos-alvo que são essenciais para a nossa vida, como coração, rins, cérebro e vasos sanguíneos. Quando há uma agressão a esses órgãos, a qualidade de vida e até mesmo a sobrevida do paciente ficam comprometidas.”
Dra. Andrea A. Brandão, professora associada de Cardiologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro– CRM 5249672-3
Referências
1. Site do National Institutes of Health (NIH).Disponível em: http://www.nhlbi.nih.gov/health/health-topics/topics/hbp/diagnosis Último acesso em 19 de outubro de 2017.
2. Site da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Disponível em: http://prevencao.cardiol.br/campanhas/hipertensao/cartilha-mulher-2014.pdf Último acesso em 19 de outubro de 2017.
3. Site Mayoclinic.org. Disponível em: http://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/high-blood-pressure/basics/complications/con-20019580 Último acesso em 19 de outubro de 2017.
4. Site Mayoclinic.org. Disponível em: http://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/high-blood-pressure/basics/complications/con-20019580 Último acesso em 19 de outubro de 2017.
Antibióticos são substâncias capazes de eliminar ou impedir a multiplicação de bactérias, por isso são usados no tratamento de infecções bacterianas. Sua descoberta revolucionou a história da medicina, pois anteriormente muitas pessoas morriam em decorrência de diversos tipos de infecções. Atualmente, porém, o uso indiscriminado de antibióticos vem fazendo com que as bactérias se tornem resistentes aos tratamentos, gerando um grave problema no mundo todo.1
Eles atacam somente as bactérias, sem causar danos às demais células do organismo. Sua função consiste em interromper ou acabar com a multiplicação de bactérias no corpo.2
Esse tipo de medicamento pode ser dividido em:3
- Bactericidas: capazes de matar ou causar danos irreversíveis às bactérias;
- Bacteriostáticos: capazes de interromper a reprodução e crescimento das bactérias sem destruí-las imediatamente.
A penicilina é o bactericida mais usado no mundo e foi o primeiro antibiótico a ser descoberto, em 1928. Devido ao mal uso desse medicamento, em 2010, o governo brasileiro criou leis para limitar o acesso aos antibióticos. A partir disso, sua venda passou a ser autorizada somente mediante receita médica.¹
Além da penicilina, os antibióticos mais comuns usados em tratamentos são:
- Aminoglicosídeos - utilizado no tratamento de infecções mais graves;2
- Cefalosporinas - frequentemente prescritas para tratar as seguintes doenças: infecções de pele, partes moles, faringite estreptocócica, infecção urinária e profilaxia de várias cirurgias;4
- Glicopeptídeos - usadas no tratamento de doenças mais persistentes em pacientes em estado grave, como no tratamento da Pneumonia ou Sífilis;2
- Polipeptídicos - usados para tratar infecções oculares;2
- Quinolonas - usadas no tratamento de Infecções Urinárias recorrentes, Gonorreia, Diarreia Bacteriana, entre outras.2
O uso indiscriminado desse tipo de medicamento ocorre quando ele é usado para tratar infecções que não são causadas por bactérias, é tomado em doses incorretas, ou quando o tempo de tratamento não é cumprido.1
Por fim, é indispensável a orientação de um profissional da saúde quanto ao uso correto dos antibióticos.
Referências:
1. https://bvsms.saude.gov.br/uso-correto-de-antibioticos/#:~:text=Antibi%C3%B3ticos%20s%C3%A3o%20subst%C3%A2ncias%20capazes%20de,de%20diversos%20tipos%20de%20infec%C3%A7%C3%B5es Último acesso em 18 de julho de 2022.
2. https://www.hipolabor.com.br/blog/hipolabor-explica-como-funcionam-os-antibioticos/ Último acesso em 18 de julho de 2022.
3. https://tnsnano.com/chem/bactericida-vs-bacteriostatico/ Último acesso em 18 de julho de 2022.
4. https://www.sanarsaude.com/blog/amp/cefalosporinas-artigo-farmacia-tudo-que-voce-precisa-saber Último acesso em 18 de julho de 2022.
Referências:
- Quiróz, Alicia. Appropriate use of antibiotics: an unmet need, 2019. https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/1756287219832174 Último acesso em 26 de julho de 2022.
- https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/antimicrobial-resistance Último acesso em 26 de julho de 2022
- https://www.paho.org/pt/topicos/resistencia-antimicrobiana?page=4 Último acesso em 21 de julho de 2022